terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Politicídio - o assassinato da política na filosofia francesa


Em 14 de julho de 2016, dia da Tomada da Bastilha em 1789, símbolo da Revolução Francesa e início da Era Moderna, li este livro e o recomendo com entusiasmo. É baseado na tese de doutoramento do autor, Luuk van Middelaar, para os cursos de História e Filosofia da Universidade de Groninga, Holanda, em 1999 e publicado pela Editora É Realizações, em 2015.

É um estudo primoroso sobre a evolução da filosofia francesa no século XX, a partir da influência do marxista russo Alexandre Kojève, que deu aulas sobre a filosofia de Hegel, entre 1933 e 1939, para um seleto grupo de jovens intelectuais que viriam a formar a nata da filosofia marxista francesa nas décadas a seguir. Dentre eles se destacam: Maurice Merleau-Ponty, Raymond Aron, Georges Bataille, Jacques Lacan, Raymond Queneau, André Breton, Jean-Paul Sartre, Simone de Beuavoir, Louis Althusser, Gilles Deleuze, Felix Guattari, Michel Foucault, Hannah Arendt e outros. 

Muitos abandonaram o marxismo e se tornaram ilustres intelectuais do liberalismo como Aron e Arendt. Os demais foram responsáveis pelo domínio na filosofia francesa, até quase nossos dias, das teses marxistas que originaram, dentre outros absurdos, o apoio às teses stalinistas ou gramcistas. 

Esta filosofia francesa tem uma predominância quase absoluta nos meios acadêmicos brasileiros até hoje, o que explica os fenômenos de teses marxistas (ou uma miscelânea de coisas) que sufocou o pensamento liberal entre nós (vejam o exemplo da Chauí), fenômeno este que somente agora está sendo revertido com uma maior abertura de muitos de nossos pensadores para uma maior liberdade de expressão. Que esta liberdade venha para ficar!


http://www.erealizacoes.com.br/produto/politicidio---o-assassinato-da-politica-na-filosofia-francesa

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