segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

História de Pitangui

https://youtu.be/zr7k86hQZpM


Cidade polo da região do Alto São Francisco, foi de Pitangui que saiu grande parte dos desbravadores do sertão bravio, dominado pelos índios caiapós (da nação tapuia) e pelos quilombolas, principalmente do Quilombo do Ambrósio, o mais importante, e fundaram diversas cidades, entre elas Dores do Indaiá, em 1798/9.

Neste documentário poderão ser vistos diversos fatos vinculados à história de Dores do Indaiá. Ressalte-se a arquitetura das casas e igrejas que serviram de modelo para as construções em Dores. Em 1905 foi inaugurada a Igreja do Rosário em Dores, com fortes inspirações na antiga Igreja do Pilar de Pitangui, destruída em incêndio em janeiro de 1914. 

Neste mesmo ano, começou a construção da nova Matriz do Pilar, concluída em 1921. A Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Dores do Indaiá, é uma réplica fiel da nova Matriz do Pilar de Pitangui, com o mesmo projeto arquitetônico neogótico eclético e de engenharia, também construída no mesmo período de tempo. São, portanto, igrejas gêmeas. Os construtores da Matriz deDores foram indicados pelo engenheiro da Matriz do Pilar, Francisco Palmério. O chefe de obras, Sétimo Caravita, não pode assumir devido a outros compromissos e indicou seus assistentes italianos Fortunato Giordi e Ernesto Gatti, que dirigiram toda construção em Dores do Indaiá

A sede da Fazenda Santa Fé, construída pelo filho do Capitão Amaro da Costa Guimarães, foi inspirada na Fazenda Ponte Alta, uma das mais belas de Pitangui e que pertenceu à lendária personagem da história pitanguiense, Maria Tangará. O Capitão Amaro foi o primeiro morador, ao lado de seus três irmãos, a habitar a região de Dores, por volta de 1765. Vinte anos depois, em 1785, ele obteve a sesmaria denominando-a de Fazenda Santa Fé. 

Faleceu o capitão em 1816 e, poucos anos depois, foi construída a atual sede da fazenda por um de seus filhos, que, em breve, completará 200 anos. Pode-se ver também um trecho da Estrada Real, que, na ocasião, chamava-se Picada de Goiás. No vídeo, vemos um pequeno trecho da variante do Piraquara, próximo a Pitangui, mas o trajeto da picada passava onde hoje é o centro de Dores do Indaiá

Os rituais religiosos dorenses foram inspirados nos de Pitangui, bem como o costume de seus primeiros habitantes. Estes, no início, viviam a semana toda em suas fazendas, dirigindo-se ao incipiente vilarejo apenas nos fins de semana. Assim, os fazendeiros tinham também uma casa na cidade. Observando-se a arquitetura das poucas casas remanescentes na Praça Alexandre Lacerda, antiga Praça São Sebastião, onde Dores teve seu início, vê-se a nítida inspiração na arquitetura colonial pitanguiense.

Tenho a honra de ser membro da Sociedade dos Amigos de Pitangui, cidade que, neste ano da graça de 2015, completa gloriosos 300 anos de idade.

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