Crônicas de um tempo sem memória: A Queda de Constantinopla e o Renascimento

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A Queda de Constantinopla e o Renascimento

O último cerco de Constantinopla no século 15.
Miniatura francesa. Fonte: Wikipedia.

Os muros de Constantinopla, capital do Império Bizantino (ou Bizâncio) suportaram as invasões bárbaras, principalmente dos hunos, dos árabes e de outros povos, por mais de 1.000 anos.

O Império Bizantino na primera metade do século XV. Tessalônica
foi capturada pelos otomanos em 1430. Poucas ilhas no
Mar Egeu e o Propontis permaneceram sob o domínio bizantino
até 1453 (não revelado no mapa).
Fonte: Wikipedia.

Desde o século XIV, os otomanos, um povo vindo da Ásia Central, desafiavam as fronteiras do Império Bizantino. Haviam adotado a religião muçulmana, assim que se estabeleceram nos confins orientais da Ásia Menor, em regiões ao norte do atual Irã e Iraque e a oeste da atual Síria e Turquia.

Muros restaurados de Constantinopla. Foto: Wikipedia.

Mapa de Constantinopla e a posição dos defensores e dos sitiantes.
Fonte: Wikipedia.

Após inúmeras tentativas frustradas de invasão de Constantinopla, então em plena decadência, com Bizâncio reduzido às fronteiras da capital, finalmente, em 1453, os otomanos abriram uma grande fenda nos muros da cidade ao utilizar um canhão monumental, desenhado por um especialista fugido de Constantinopla e tomado como refém.

O Canhão dos Dardanelos, fabricado em 1464,
baseado no canhão Urbano que foi usado pelos sitiantes
otomanos em 1453.
(British Royal Armouries collection). Foto: Wikipedia.

Pintura moderna de Maomé II e o exército otomano
se aproximando de Constantinopla com um canhão gigante.
Fausto Fornaro. Fonte: Wikipedia.

Pintura da Queda de Constantinopla.

Theophilos Hatzimihail. Fonte: Wikipedia.

Antes da queda do Império Romano do Oriente toda a sua cultura (com livros, papiros, documentos de todo tipo, e monges-professores) havia sido clandestinamente levada para a Itália. Isso deu origem ao Renascimento.

Os turcos otomanos transportam sua frota por terra
no Chifre Dourado. Fonte Wikipedia.

Cerco de Constantinopla como pintado entre 1453 e 1475.

Fonte: Wikipedia.

Assim, a cultura da Antiguidade pode ser preservada. Em função da queda de Constantinopla, os povos ibéricos, particularmente os portugueses, tiveram de abrir novas rotas marítimas para a importação das riquezas do Oriente. As grandes navegações acabaram por levar ao descobrimento do Novo Mundo.