segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Dores do Indaiá e a Independência do Brasil

Pitangui - A Igreja Matriz do Pilar, construída entre 1914 e 1921, após incêndio
da antiga igreja do século XVIII. Deste seu modelo foi construída a Matriz de N.S. 
das Dores, em Dores do Indaiá, também no período 1914-1921. Ambas construídas 
com plantas do mesmo engenheiro-arquiteto, Dr. Francisco Palmério, em estilo 
neogótico eclético. A de Pitangui foi construída pelo engenheiro Benedito José dos Santos 
e pelo chefe de obras Sétimo Caravita. Este, não podendo participar da construção 
da igreja de Dores, indicou seus auxiliares Fortunato Giordi e Ernesto Gatti, de origem 
italiana. De Pitangui partiram os principais desbravadores
da região do Alto São Francisco, incluindo Dores do Indaiá.



Matriz de Nossa Senhora das Dores, na década de 30 ou 40
do século XX. Foto de autor desconhecido.


Tem algo a ver? De certa forma, sim! Pitangui foi a cidade-mãe de Dores do Indaiá. Toda a região foi colonizada por moradores desta que foi a sétima cidade do ouro nas Minas Gerais. O Vigário da paróquia de Pitangui foi o padre Belchior Pinheiro de Oliveira (o padre Belchior), conselheiro e amigo de D. Pedro I. Às margens do riacho do Ipiranga, padre Belchior, que estava na comitiva do Príncipe Regente, toma conhecimento, em primeira mão, da carta enviada pela esposa de D. Pedro I, D. Leopoldina, relatando as notícias recém chegadas de Lisboa, ordenando a volta imediata do príncipe para a capital lusitana como punição pelos seus atos de rebeldia.


Igreja Matriz de N.S. das Dores e antigo Seminário, 
em Dores do Indaiá. S/D. Foto de autor desconhecido.


Aqui, neste documentário, em parte relatado pelo meu amigo e historiador pitanguiense José Raimundo Machado, irmão do falecido historiador Raimundo da Silva Rabello, autor de "O Pays do Pitangui", uma descrição desses históricos fatos.

Também fui amigo de Raimundo da Silva Rabello, que presenteou-me com um exemplar de seu belíssimo livro. Posteriormente, compareci ao lançamento do mesmo em emocionante encontro da comunidade pitanguiense e tornei-me membro da Sociedade dos Amigos de Pitangui.

O Padre Belchior é homenageado com um pequeno monumento no adro da Matriz do Pilar de Pitangui (ele teria sido sepultado fora da cidade, já que também era maçom). Esta Matriz do Pilar serviu de modelo arquitetônico para a Matriz de N. Senhora das Dores, de Dores do Indaiá, que foi construída entre 1914 e 1921. A de Dores foi construída por auxiliares do engenheiro e mestre de obras da matriz de Pitangui.



Nenhum comentário:

Postar um comentário