segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Carrancas, a quarta maravilha de Minas Gerais



Carrancas é uma pequena cidade do sul de Minas Gerais, com menos de 4 mil habitantes. Seus primeiros povoadores foram bandeirantes paulistas que aí chegaram por volta de 1701. Em 1718 houve a fundação oficial do povoado e, em 1720, o início da construção de sua Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Carrancas foi rota de quase todos os bandeirantes no século XVIII, em marcha para o norte ou para o noroeste em busca do ouro, da prata e das pedras preciosas. Sua terra é fértil, rico era o seu solo (o ouro esgotou-se rapidamente ainda no início do século XVIII). Logo chegaram os criadores de gado. As primeiras sesmarias datam deste período. 

Por Carrancas passou a bandeira de Fernão Dias Pais Leme, o verdadeiro desbravador das Minas Gerais, povoador e semeador de cidades. As Minas Gerais nasceram com o grande Bandeirante. 

Carrancas é dotada de uma beleza natural ímpar no Brasil. Suas serras, suas cachoeiras (são mais de 70 já catalogadas), seus vales e suas matas a tornaram o paraíso para o ecoturismo. A flora e a fauna são exuberantes. Uma joia rara da natureza e um dos maiores polos do turismo ecológico em nosso País. 

Além de tudo, para mim, há um motivo especial para visitar Carrancas: aí residiram, desde a terceira década do século XVIII, os meus ancestrais da família Corrêa. Um deles, Manoel Corrêa de Souza, obteve uma sesmaria no território do Campo Grande, à esquerda do Alto Rio São Francisco, e de lá veio com sua pequena família (esposa e três filhos), mais três escravos, pela Picada de Goiás, onde se assentou nas proximidades da Serra da Saudade (prolongamento da Serra da Canastra), fundando a Fazenda dos Patos. Isso em 1788. Em 1795 participou da fundação do pequeno povoado da Boa Vista que, mais tarde, deu origem à cidade de Dores do Indaiá.


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