sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Crônicas da terra lusitana - Coimbra




Coimbra foi antiga capital do reino de Portugal e possui uma das maiores universidades do país, a Universidade de Coimbra, fundada em 1290, por D. Dinis. A universidade é uma das mais antigas da Europa e a mais antiga da Lusofonia. A cidade fica às margens do rio Mondego, tendo 144 mil habitantes em seu município (2011). É subdividida em 18 freguesias. O rio Mondego nasce na Serra da Estrela e percorre o país no sentido leste-oeste, desaguando no Atlântico.
É considerada uma das mais importantes cidades portuguesas, em função da infraestrutura, das organizações e empresas aí instaladas, além de sua importância histórica, geográfica (fica no centro de Portugal), entre as cidades de Lisboa e do Porto. Sua maior fama vem da qualidade de seu ensino e dos serviços de saúde. Em torno de 37 mil estudantes estão matriculados no ensino superior privado e público. Em 2003, foi Capital Nacional da Cultura.
No dia 22 de Junho de 2013, a Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, foram declaradas Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Coimbra é uma cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, e foi berço de nascimento de seis reis de Portugal, da Primeira Dinastia.
A cidade tem origens pre-históricas, num outeiro defendido pelo fosso natual do rio Mondego e pelas duas ravinas que nele desembocavam, lugar rodeado de terras ricas em água. No segundo século a.C. a região foi conquistada pelos romanos que aí erigiram a cidade cujo nome se tornou Eminium. Sua significação provavelmente esteja ligada a um castro (fortaleza) de origem pre-celtica. A importância da cidade aumentou com a construção pelos romanos de uma ponte sobre o rio Mondego, de importância estratégica.
As invasões bárbaras se deram em ondas sucessivas de suevos e visigodos que utilizaram a antiga cidade romana, sem acrescentar nada. Em 711, Coimbra foi dominada pelos mouros, mantendo, entretanto, sua fidelidade cristã. Mudou, entretanto, de nome: Conímbriga, por influência de uma localidade bem próxima e de seu bispo. Em 871, tornou-se o Condado de Coimbra. Foi, finalmente, conquistada definitivamente pelos cristãos em 1064, por Fernando Magno de Leão.
A partir daí, Coimbra tornou-se a cidade mais importante abaixo do rio Douro e logo foi escolhida como a capital do vasto Condado Portucalense, substituindo Guimarães em função da importância geopolítica da cidade. O conde D. Henrique de Borgonha e sua esposa, D. Tereza, aí instalaram sua residência. Muitos acreditam que tenha sido em Coimbra que nasceu D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Continuou sendo a capital até 1255, quando a mesma foi transferida para Lisboa. D. Afonso Henriques foi sepultado no Mosteiro de Santa Cruz.
No século XII, Coimbra apresentava já uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes, e a Baixa, do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos.
A partir de meados do século XVI a história da cidade passa a girar em torno da Universidade de Coimbra. Somente a partir do século XIX é que a cidade começa a se expandir para além de suas antigas muralhas.
No início do século XIX, Coimbra é ocupada pelas tropas do generais napoleônicos Junot e Masséna, durante a invasão francesa. Nesta época foram extintas as ordens religiosas.
No entanto, na segunda metade de oitocentos, a cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro telégrafo elétrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é inaugurado o caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do rio Mondego.
Em 1560 é criado o Tribunal da Inquisição de Coimbra, que viria a ser extinto em 1821 juntamente com os de Lisboa e Évora.
Fonte: Wikipedia.
Créditos de fotos:
Silvia Teodoro de Oliveira
Antônio Carlos Corrêa

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