sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Crônicas da terra lusitana - Castelo Branco




Castelo Branco é a capital do Distrito de Castelo Branco, situada na região Centro de Portugal, na Beira Interior Sul e na antiga província da Beira Baixa. Tem 34 mil habitantes no perímetro urbano e 56 mil na região. É dividida em 19 freguesias. Faz fronteira no sul com a Espanha.
A importância da cidade repousa menos na indústria têxtil e mais na sua localização geoestratégica e política. Foi considerada em 2006, num estudo elaborado por autoridades ambientais, como a segunda capital de distrito do país com melhor qualidade de vida.
A origem do nome Castelo Branco se deve à existência de um castro luso-romano (fortaleza), Castra Leuca, no cimo da Colina da Cardosa, em cuja encosta se desenrolou o povoamento da área.
Pouco se conhece sobre a história da cidade antes de 1182, mas um documento desta data confirma a doação aos Cavaleiros Templários de uma propriedade, Vila Franca da Cardosa, emitido pelo nobre Fernandes Sanches. Recebeu, em 1213, foral de Pedro Alvito, cedido pelos Templários, onde aparece o nome Castelo Branco. Em 1215, o Papa Inocêncio III confirma essa posse e lhe dá o nome de Castelobranco.
Nesta época, os Templários constroem as muralhas e o castelo, entre 1214 e 1230. No interior, está a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da freguesia. Neste local se reuniam a Assembleia dos Homens-Bons e as autoridades monástico-militares, até o final do século XIV
Em 1510 é concedido Novo Foral a Castelo Branco, por D. Manuel I, adquirindo mais tarde o título de notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se assim em 1642 a Vila de Castelo Branco, cabeça de comarca notável e das melhores da Beira Baixa. O atual Museu serviu de Liceu Central de 1911 até 1946, abrindo como museu em 1971.
Em 1771 é elevada a cidade por D. José e o Papa Clemente XIV cria a diocese de Castelo Branco que viria a ser extinta em 1881. O Paço Episcopal (anexo ao atual Museu Francisco Tavares Proença Júnior) é um dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, foi o paço de residência dos Bispos em Castelo Branco.
A 16 de Agosto de 1858 inaugura-se a linha telegráfica Abrantes - Castelo Branco e em 14 de Dezembro de 1860 a cidade inaugura a sua iluminação pública, passo importante para o desenvolvimento da cidade, tendo mesmo sido feita Oficial da Ordem Militar de Cristo a 22 de Setembro de 1931.
Conhecida desde 1214, a comunidade judaica de Castelo Branco rapidamente se desenvolveu, ligada às tradições comerciais e aos ofícios.
Quando os judeus foram forçados à expulsão ou conversão, a cidade tornou-se no refúgio de uma grande comunidade de cristãos-novos.
A terra de Amato Lusitano, ilustre médico judeu, conserva bem vivas nas pedras das casas quinhentistas as memórias desta comunidade hebraica. A cidade propõe um roteiro para que os visitantes possam percorrer as ruas da parte medieval
reconstituindo a possível delimitação da velha judiaria. Em portadas de casas da Rua d’Ega, da Rua Nova e da Rua da Misericórdia podem encontrar-se vestígios dos sefarditas que aí viveram.
Fonte: Wikipedia.
Créditos de fotos:
Silvia Teodoro de Oliveira
Antônio Carlos Corrêa
Wikipedia

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