sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Caça às bruxas


Caça às bruxas. Há 324 anos ocorreu o famoso julgamento de supostas bruxas próximo a Boston, Massachussets, Estados Unidos. Vinte pessoas foram acusadas de bruxaria, dezenove mulheres muito jovens e um homem, e executadas. Tratava-se, na verdade, de um quadro psiquiátrico de histeria coletiva. 

O mundo vivia então o período negro de perseguição aos hereges e dissidentes religiosos, iniciado pela Inquisição alguns séculos antes. O apogeu da caça às bruxas, aqui mesclado com a perseguição aos judeus (tidos como bruxos), se deu em 1486, com a publicação do livro "O Martelo das Feiticeiras" (Malleus Malleficarum), de dois frades dominicanos austríacos, Heinrich Kramer e Johannes Sprenger, no qual eles descreviam detalhadamente como identificar uma bruxa sob tortura (em geral uma mulher mais velha, com grande prática e experiência de vida, que fazia partos e, portanto, concorria com médicos, raros no período, e sacerdotes, que sabiam como ser parteiros), como obrigá-las a confessar, associar a suposta prática com o pacto com o diabo (incluindo a prática de relações sexuais com o demo - o súcubo e o íncubo), sua suposta intenção de destruir a fé católica (posteriormente, também a protestante), levá-las a julgamento e entregá-las às autoridades seculares para sua execução, geralmente na fogueira. 

Da inveja, da competição, do ódio, da misoginia, da intolerância radical com as mínimas divergências políticas ou religiosas, nasceu o execrável costume de caça às bruxas. Este conhecimento é fundamental para que as novas gerações e as futuras não cometam os mesmos erros, crimes e genocídios do passado. Só conhecendo a história é que evitaremos os males presentes e futuros.



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One town's strange journey from paranoia to pardon
SMITHSONIANMAG.COM

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